aktuell 138
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Corpos estranhos no leito do lastro e na subestrutura da via, como resíduos de munição, podem dificultar ou atrasar significativamente o trabalho de manutenção. Objetos no leito da via não podem ser detectados de forma confiável com detectores de metal, magnetômetros ou sistemas convencionais de georradar. Nossa tecnologia de georradar multicanal com densidade de varredura ampliada permite uma análise tomográfica do leito da via e, desta forma, melhora significativamente a localização.
Para evitar atrasos dispendiosos na socaria ou na limpeza do leito da via, é importante saber antes de iniciar o trabalho se há algum corpo estranho enterrado no solo. Material explosivo não detonado ou UXO (Unexploded Ordnance, ou seja, munições não explodidas), em particular, representa um risco para as pessoas e pode resultar em interrupções prolongadas.
O georradar ou GPR (do inglês Ground Penetrating Radar) é usado para registrar continuamente a condição das linhas ferroviárias. Até agora, apenas três perfis do leito da pista puderam ser mapeados: no eixo da via, à esquerda e à direita da via. Com nosso recém-desenvolvido sistema de radar com várias antenas, até 30 perfis podem ser registrados ao mesmo tempo. Isso permite uma visão transversal tomográfica do leito da via. A resolução lateral adicional e muito aumentada (fator 10) abre novas possibilidades para a interpretação de dados. Artilharia explosiva, pedras ou blocos de concreto, cabos e linhas podem ser localizados e mapeados muito melhor com essa tecnologia.
Para comprovar a eficiência da tecnologia de radar multicanal, realizamos testes com diversos corpos estranhos. Os testes iniciais em que objetos menores, como latas de metal, foram detectados em profundidades rasas em leitos de lastro já mostraram sucesso. Para as próximas medições, uma bomba aérea desativada foi enterrada sob uma via de teste.
A tecnologia permite o mapeamento confiável de grandes objetos na via, sejam eles materiais explosivos ou pedaços de concreto. Os dados de medição foram visualizados por meio de segmentação ou labelling (a marcação colorida) de anomalias. Desse modo, é possível mostrar claramente que deve haver um corpo estranho no ponto realçado.
